domingo, 20 de novembro de 2011

"... Não o sabes agora; mas saberás, depois".

"Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas o saberás depois". Evangelho de João, 13:7.





Conta-se que, em um reino distante, havia um rei que não acreditava em um Deus bom e misericordioso; havia também um servo fiel deste rei, que era temente a Deus e, sempre que possível, conversava com o soberano sobre Deus. Os dois, muito amigos, costumavam caçar juntos. Nestas caçadas, que às vezes demoravam dias, os dois confabulavam sobre a vida, filosofia, espiritualidade. O rei tentava convencer seu servo de que Deus não existia - era uma ideia criada pelos homens. O servo, por sua vez, falava ao rei sobre a coerência da existência de Deus, e dizia-lhe que tudo o que Deus fazia era perfeito, tudo tinha propósito... mesmo que os homens não o percebessem de imediato.

Em certa caçada, um animal atacou o rei. Pego de surpresa, o monarca lutou por sua vida, mas o feroz animal arrancou-lhe um dedo. O rei conseguiu escapar, mas ficou muito consternado por estar, agora, mutilado. Em um acesso de raiva, perguntou ao seu fiel servo e companheiro de caçadas: "Onde está esse Deus de quem você vive me falando, agora? Que ´bondade´ ele teria em permitr que eu fosse mutilado? Que propósito há nisso?". O servo apenas disse que tudo o que Deus fazia era perfeito e que o rei tentasse ver que Deus, ao menos, o livrara vivo do poder do animal. Irado por não ouvir o que queria, o rei manda prender seu servo e amigo. Na verdade, sua intenção era retirar de seu servo toda crença que este tinha.

Caçador inveterado, o rei partiu para outra viagem, desta vez sem a companhia de seu servo. Caminhando por terras longínquas, entrou em uma região desconhecida e foi capturado por nativos. Estes eram homens primitivos e queriam oferecer o rei aos seus deuses. Extremamente angustiado, o rei chorou e desesperou-se pela forma como iria morrer. Na tribo principal daqueles nativos, a festividade de oferenda de um estranho estava pronta. Batuques, danças, alaúdes e muitas invocações. O rei foi apresentado ao restante da população tribal, preso, sem quaisquer apetrechos que regularmente o identificavam como um monarca e, vendo que aproximava-se o momento de sua morte, começou a chorar. Neste momento, um dos nativos percebe que, ao rei, faltava-lhe um dos dedos. Este nativo tribal chama o xamã chefe e, após uma breve discussão com os demais líderes, decidem soltar o rei; e é aí que o mesmo fica sabendo que, por não mais ter um dos dedos, não seria sacrificado aos deuses daqueles homens - fora considerado "impuro"!


Ao retornar ao seu reino, o rei manda soltar imediatamente o seu servo. Consternado pela situação, o soberano pediu-lhe desculpas e disse-lhe que iria soltá-lo de qualquer forma, quando voltasse daquela caçada. Sua intenção era fazer com que o servo ficasse confuso e triste com a prisão e deixasse de lado sua teimosa crença em Deus. Após contar sua experiência, disse-lhe o rei: "Sei que foi Deus quem me livrou. Eu iria ser sacrificado aos deuses daqueles homens, mas, porque não tinha um dedo, me consideraram indigno de ser sacrificado e me libertaram! Uma coisa, porém, eu não entendo. Sei que Deus me ensinou uma lição. Mas, e quanto a você, meu servo? Por que Deus permitiu que eu o prendesse mesmo sabendo que você era inocente e que meu intento era fazer com que você não mais acreditasse nele?"; ao que o servo respondeu: "Oh, meu rei e amigo, Deus faz tudo bom e perfeito, mesmo que, a princípio, não entendamos. Se tu não me tivesse prendido, certamente iria contigo nesta caçada. Tu não seria sacrificado por causa da falta do teu dedo, mas eu teria sido sacrificado sem piedade aos deuses daqueles homens! Estando preso, mesmo que aparentemente por causa exclusivamente do teu intento, Deus acabou me livrando de uma morte horrível!".

Moral da história: Se Deus é ilimitado, portanto perfeito, tem tudo sob seu controle. Nada lhe escapa o governo e direção. Mesmo que não entendamos no momento, confiemos que, para tudo, o Senhor Deus tem um plano para que o bem triunfe (e Ele é o "bem maior"), e o seu nome seja glorificado! O sangue derramado dos cristãos que morreram nas arenas de Roma, por exemplo, tornou-se uma semente de espiritualidade nos corações de gerações posteriores, as quais viveram sob a égide da fé em Cristo.

(Historinha contada dias 19 e 20 de Novembro de 2011 na Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo) 

sábado, 19 de novembro de 2011

Totalmente pago


"Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem?" Mateus 7.11

Um jovem estava para se formar.
Já há muitos meses ele vinha admirando um lindo carro esporte.
Sabendo que seu pai podia muito bem arcar com aquela despesa, ele disse ao pai que o carro era tudo o que ele desejava.
Como o dia da formatura estava próximo, o jovem esperava sinais de que seu pai tivesse comprado o carro.
Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou e disse quão orgulhoso se sentia por ter um filho tão bom e disse a ele o quanto o amava.
Então entregou ao filho uma caixa de presente, lindamente embalada.
Curioso e, de certa forma desapontado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma Bíblia de capa de couro com o nome dele gravado em ouro.
Irado, ele levantou a sua voz para o pai e disse:
Com todo o dinheiro que você tem, você me dá uma Bíblia? E violentamente saiu de casa.
Muitos anos se passaram, e o jovem tornou-se um homem de sucesso nos negócios.
Ele tinha um linda casa e uma família bonita, mas certo dia percebeu que seu já estava idoso e resolveu visitá-lo.
Ele não via o pai desde o dia da formatura.
Antes de terminar os preparativos para a viagem, recebeu um telegrama informando que seu pai havia falecido e deixado todas as suas posses em testamento para o filho.
Ele precisava imediatamente ir à casa do pai e cuidar de tudo.
Quando lá chegou, sentiu um misto de tristeza e arrependimento preencher o seu coração.
Estava remexendo os documentos e papéis do pai quando viu a Bíblia, ainda nova, exatamente como ele havia deixado anos atrás.
Com lágrimas, ele abriu a Bíblia e começou a virar as páginas.
Seu pai havia sublinhado cuidadosamente o versículo de Mateus 7.11
"Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem?"
Enquanto lia, uma chave do carro caiu da Bíblia.
Ela tinha uma etiqueta com o nome da revendedora, a mesma que tinha o carro esporte que ele tanto desejava.
Na etiqueta constava a data da formatura, e as palavras:
"Totalmente Pago"



Quantas vezes nós perdemos as bênções de Deus porque elas não vêm "embaladas" como nós esperamos. Que possamos dar valor as coisas boas, mesmo que a "embalagem" seja um pouco diferente! Deus é mestre em nos dar presentes em embalagens que nos frustram.


(Historinha contada dias 12 e 13 de Novembro de 2011 no XXXIII Domingo do tempo comum)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sua morada no Céu


Um homem muito rico morreu e foi recebido no Céu.
São Pedro o levou por várias alamedas e foi-lhe mostrando as moradias que ali existiam.

Passaram por uma linda casa com belos jardins.
O homem, admirado, exclamou perguntando-lhe:
- Que linda casa! Quem mora nela?
- São Pedro lhe respondeu:
É o Manoel, aquele seu motorista que morreu no ano passado.
O homem ficou pensando:
”Puxa! Se o Manoel tem uma casa dessas, aqui deve ser muito bom”.

Logo a seguir, surgiu uma outra casa muito mais bonita e ele perguntou mais admirado ainda:
- E aqui! Quem mora?
- Aqui é a casa da Maria, aquela que foi sua cozinheira.
O homem ficou imaginando que, tendo seus serviçais magníficas residências,
sua morada deveria ser, no mínimo, um palácio, e estava ansioso por vê-la.
Nesse instante, São Pedro parou diante de um barraco construído com tábuas e disse:
- Esta é a sua casa.
O homem ficou decepcionado demonstrando sua indignação.
- Essa é a minha!
- Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito melhor!!!
- Claro que sabemos. Respondeu São Pedro, mas, nós construímos apenas a casa.
O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. Foi o que conseguimos
fazer com o material que nos foi enviado por você.

Moral da história:
Cada gesto de amor e partilha com o próximo é um tijolo com o qual
construímos a nossa casa na eternidade.
Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes que você faz todo dia.
Por conseguinte, é importante nós repensarmos a respeito de nossos valores,
atitudes e ações, para que, mais tarde não soframos por todas
as conseqüências de nossos erros.
Contribua com o melhor material para erquer a sua casa neste lugar.

(Historinha contada dias 05 e 06 de Novembro de 2011 na Solenidade de todos os Santos)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Será que vc seria salvo????????


Conta-se uma história de um empregado em um frigorifico da Noruega.
Certo dia ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorifica.
Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da camara.
Bateu na porta com força, gritou por socorro
mas ninguém o ouviu, todos já haviam saido para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável.
De repente a porta se abiu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:
Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho ?
Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou.
Entretanto não se despediu de mim na hora da saída.
Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...

Pergunta: Será que vc seria salvo????????



(Historinha contada dias 28 e 29 de setembro de 2011 no XXXI Domingo do Tempo Comum)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO !



A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos, que estava em estado terminal de leucemia. Embora o coração dela estive pesado de tristeza e angústia, ela era muito determinada.

Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa da doença. Junto dele tomou-lhe a mão e perguntou:

- Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?
- Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro!

A mãe sorriu e disse: - Vamos ver o que podemos fazer.

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos bombeiros, em torno do quarteirão.

O Chefe dos bombeiros, comovido, disse: 
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE  ISSO !

Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um bombeiro honorário, por todo o dia. Ele poderá ir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de incêndio.

E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.

Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-o no uniforme de bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão de bombeiros.

O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu... Ocorreram três chamados naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todos os três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes: no tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe dos bombeiros.  


Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto. Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda a família.

Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para chefe da corporação, e perguntou se seria possível enviar um bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino. O chefe dos bombeiros respondeu:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor: Quando você ouvir as sirenes e ver as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. Que é apenas o corpo de bombeiros vindo visitar mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!

Cinco minutos depois, uma van e um caminhão com escada chegaram no hospital. Estenderam a escada até o andar onde garoto estava, e 16 bombeiros subiram. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam. Com voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:

- Chefe , eu sou mesmo um bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores - disse ele.

Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

E você, diante do pedido de seus pais, irmãos, filhos, parentes e amigos, o que faria?

Diga: EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO !
"E não nos cansemos de fazer o bem" - Gálatas 6.9.

(Historinha contada dias 01 e 02 de setembro de 2011 no XXVII Domingo do Tempo Comum)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Tijolo


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade seria como o metal que soa ou como o sino que tine" I Coríntios 13:1.
 
Um jovem e bem sucedido executivo dirigia em alta velocidade sua nova Ferrari.
De repente um tijolo surgiu e espatifou-se na porta lateral do carro. 
Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo.




Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:

"Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro. Por que você fez isto?

"Por favor senhor me desculpe eu não sabia mais o que fazer!" Implorou o pequeno menino.
"Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local". Lágrimas corriam do rosto do garoto enquanto apontava na direção dos carros estacionados. 
"É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo". Soluçando o menino perguntou ao executivo:
"O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim".

Movido internamente para muito além das palavras o jovem motorista engolindo um imenso nó dirigiu-se ao jovenzinho colocando-o em sua cadeira de rodas.
Tirou seu lenço limpou as feridas e arranhões verificando se tudo estava bem.

"Obrigado! E que Deus possa abençoá-lo!". Agradeceu a criança.
O homem viu então o menino distanciar-se...  Empurrando o irmão em direção a casa...

Foi um longo caminho até a sua Ferrari... Um longo e lento caminho de volta...

Ele nunca mais consertou a porta amassada.

Deixou-a assim para lembrar-se de não ir tão rápido pela vida que alguém precisasse atirar um tijolo para obter a sua atenção...

"Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações. Algumas vezes quando não temos tempo de ouvir ELE tem de jogar um Tijolo em nós".

Autor Desconhecido

(Historinha contada dias 24 e 25 de setembro de 2011 no XXVI Domingo do Tempo Comum)

domingo, 18 de setembro de 2011

Amigos


Um grupo de amigos que morava num morro próximo a praia foram passar o sábado na praia. O dia estava muito bonito e o sol convidativo a um bom mergulho no mar. Depois de um bom banho resolveram jogar uma partida de futebol.
Um dos amigos aquele dia ficou em casa, pois tinha alguma coisa do trabalho para terminar. Durante um intervalo ele vai até a frente de sua casa para ver seus amigos, já que de sua casa dava para ver bem a praia. Eles todos lá, felizes, jogando... Ele olha no horizonte e se assusta: Estava vindo um tsunami na direção da praia.
E agora, como avisar os amigos. Tenta gritar com eles, mas a distância é grande e ninguém ouve. Então tem uma idéia: Entra em sua casa e coloca fogo nela.
Quando os amigos veem o fogo na casa do amigo, dizem: vamos lá para ajudar nosso amigo, senão ele perderá a sua casa. Mas alguns disseram. O morro é alto e a praia está tão boa. Nós ficaremos.
Aqueles que subiram para ajudar o amigo salvaram suas vidas e os que ficaram na praia morreram com o tsunami.


(Historinha contada dias 17 e 18 de setembro de 2011 no XXV Domingo do Tempo Comum) 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Perdão



Ela se chamava Maria e tinha uma chefe terrível. Quando Maria chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta: "por que não chegou mais cedo?" 



Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos. 
Era uma mulher má. Implicava com tudo. Até que um dia Maria se cansou e decidiu se demitir. 

"Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade", foi o que pensou. 
Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a Dra. Elizandraque a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde. 

"Não posso", foi a sua resposta. "tenho expediente a cumprir." 
"Por que não?" 

Maria falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a Dra. Elizandra lembrou que pior a situação não poderia ficar. 
Além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo. 

Maria lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão. "O perdão é bom para você", falava a Dra. "Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem." 
"Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele." Ao final do treinamento, Maria concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou-a da cabeça. 

No dia seguinte, tomou uma resolução: "não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto." 
Maria chegou e cumprimentou: "olá." 

A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente. Maria falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde. 
A reação veio logo: "você está me convidando só para eu não reclamar de você?" 

"Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá." 
E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá. Ela sabia que era intratável. Também falou da sua emoção. Nunca ninguém a convidara para um lanche, um café. 

Acabou por falar das suas dores. O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas. Por isso ela odiava as pessoas. Era infeliz e agredia.    Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Elizandra a respeito do perdão.


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Perdoar é libertar-se. Aquele que agride é sempre alguém a um passo do desequilíbrio. 



Aquele que persegue nem pode imaginar o quanto se encontra enfermo. 
Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. 

Nosso maior exemplo é Jesus. Poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos. Por essa razão, dignos de perdão. 
E se você tiver ainda muita dificuldade para perdoar, pense que tudo passa. Passam as coisas ruins, passam as pessoas que as provocam. 
Só o bem permanece para sempre.





Autor Desconhecido

(Historinha contada dias 10 e 11 de setembro de 2011 no XXIV Domingo do Tempo Comum)  

sábado, 3 de setembro de 2011

A Ponte


“Ajudai-vos uns aos outros...
e deste modo cumprireis a lei de Cristo”
(Gal 6,1)




Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um rio, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos, ao final de cada dia, percorriam uma estreita, porém comprida estrada, que corria ao longo do rio para poderem atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro.

Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu alguém bater à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão.

¾ Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali.

¾ Sim! Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho; na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo.

¾ Acho que entendo a situação. Certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca. Em seu lugar estava uma ponte, feita de tábuas de madeira e troncos de árvore, ligando um lado do riacho ao outro.



Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:

¾ Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo.

¾ Espere, disse o mais velho, fique conosco por mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você.

E o carpinteiro respondeu:

¾ Adoraria ficar. Mas tenho muitas outras pontes para construir.

Autor Desconhecido

(Historinha contada dias 3 e 4 de setembro de 2011 no XXIII Domingo do Tempo Comum)